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O que está ACONTECENDO com a Kabum!?

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O que está ACONTECENDO com a Kabum!?

A Kabum, uma das pioneiras do mercado 
especializado em informática brasileiro,   já conseguia no início dos anos 2000 ser capaz 
de oferecer aos apaixonados por informática peças   que antes eram difíceis de serem encontradas 
nacionalmente e tudo isso por um preço justo  O crescimento inicial não foi fácil, 
mas com o tempo a marca se consolidou,   e se tornou o principal e-commerce de games e 
informática da América Latina. Após a pandemia   de 2020, os hábitos de consumo se alteraram e 
comprar online passou a ser o novo normal. A   principal objeção desses clientes havia sido 
quebrada e o medo de comprar online acabou.  E foi justamente quando os lucros estavam 
lá em cima, que a Kabum foi vendida..  Em 2021, foi anunciada a aquisição da KaBum! 
pela a Magazine Luiza por R$3,5 bilhões de   reais. A venda prometia oferecer aos clientes 
uma série de benefícios, entre os quais a entrega   mais rápida do Brasil, maiores facilidades de 
pagamento e ampliação do catálogo de produtos.  Além de uma série de polêmicas 
que surgiram após o anúncio,   consumidores passaram a reclamar 
da qualidade do site no pós-venda.  A KaBum! havia simplesmente perdido sua 
identidade, deixando de focar na área   tecnológica e perdendo sua essência inicial, 
se tornando apenas mais um marketplace.  O que os clientes da KaBum! amavam sobre a 
plataforma, era o fato dela oferecer precisamente   aquilo que eles buscavam. No início, o foco eram 
softwares, hardwares, programas e todos os tipos   de equipamentos e peças para informática e games. 
Como as melhores placas e acessórios, o site tinha   basicamente tudo que você precisaria para montar 
sua máquina e tudo isso com preço competitivo.  Atualmente entrar na página pode fazer o usuário 
se sentir confuso, em meio a peças de computador,   um microondas, instrumentos musicais e uma 
categoria inteira dedicada a secadores de cabelos.  Por mais decepcionante, ninguém poderia se dizer 
surpreso, a KaBum! era só mais uma a seguir o   ciclo do mercado atual, chamada por especialistas 
de digitalização do varejo. Com a pandemia o   varejo foi obrigado a inovar para continuar 
com suas vendas que deu início ao movimento   de digitalizar os produtos, ou seja, colocar 
os produtos para serem vendidos pela internet. A mudança no hábito de consumo do Brasileiro pós 
pandemia acelerou a digitalização do varejo e   com isso os marketplaces ganharam o mercado e 
começaram a comprar sites especializados como   a Kabum!. Mas será que essas grandes aquisições 
são positivas para os antigos proprietários e   para os clientes, ou essa vantagem fica 
apenas para os gigantes Marketplaces? Em 2003, apenas um marketplace tinha relevância 
no Brasil: o Submarino. A banda larga ainda   era ainda uma novidade e naquela época as pessoas 
não tinham o costume de comprar pela internet.  Em entrevista à revista Exame, os irmãos Thiago 
e Leandro Ramos contam que a história da KaBum!   iniciou de verdade no final dos anos 1990 
quando Thiago, apaixonado pela tecnologia,   começou a fazer manutenção de computadores. No 
entanto, naquela época os computadores estavam   ainda se popularizando, encontrar peças de 
reposição específicas era muito difícil.  Thiago então teve a ideia de construir sua 
própria rede de fornecedores e abrir sua   própria loja para ajudar aqueles que 
tinham a mesma dificuldade que ele.  Leandro, seu irmão, entrou logo depois e vendo 
que poderiam crescer para além de Limeira,   cidade onde moravam, decidiu 
por conta própria criar o site   que passaria a fornecer seus 
produtos para todo o Brasil.  E assim surgia a KaBum!.
O ano era 2003, ninguém estava   acostumado a comprar pela internet, na verdade 
as pessoas estavam apenas começando a entender   o que era a internet.. Eles contam a dificuldade 
de convencer as pessoas que o site era confiável,   em entrevista Thiago fala: “Eu e meu irmão 
entrávamos em fóruns para explicar que o site   era seguro.”, essa sempre foi a principal 
objeção com compras online. A segurança.  Para conquistar o público eles vendiam apenas os 
produtos que já estavam em estoque, além disso   eles passaram a oferecer descontos no pagamento à 
vista, em uma modalidade onde o comprador pagava   apenas quando retirava o produto nos guichês dos 
correios Quanto mais a paixão por computadores e   games crescia no Brasil, mais a KaBum! crescia.
A empresa se destacava por oferecer os melhores   produtos do ramo da informática 
e games por preços acessíveis e   se tornava assim referência e precursor da 
comunidade tecnológica e gamer do Brasil.  Com o crescimento, a KaBum!, chegou a abrir uma 
unidade nos Estados Unidos, o que facilitou as   vendas internacionais e se tornou o maior site 
de vendas de tecnologia da América Latina.  Ela chegou a ser reconhecida em 2018 como 
a segunda empresa com maior índice de   recomendação dos consumidores e em 2019 como 
uma das dez melhores e-commerces do Brasil   segundo Ebit. Com a pandemia, o mercado 
de games cresceu, e em 2021 já faturava   mais que o setor de música e filmes juntos.
O crescimento do setor influenciou diretamente   a Kabum! que já era reconhecida como a maior 
apoiadora dos jogos eletrônicos no Brasil,   e na época chegou a criar seu próprio time 
de League of Legends, o Kabum! E-sports,   que foi tetracampeão no campeonato nacional e 
primeiro time a representar o Brasil no mundial   de e-sports. Isso fez com que a KaBum! tivesse 
um aumento de 128% em suas vendas e faturasse   em um ano cerca de 3,4 bilhões de reais.
É claro que esse crescimento chamaria   atenção de investidores e concorrentes. Como 
acontece em grandes negociações como essa,   os irmãos buscaram uma consultoria especializada, 
o que eles acreditaram na época ser a melhor   opção para não cair em um mau negócio – mas foi 
exatamente o que aconteceu – na opinião deles! Em 2021, todos ficaram surpresos com o anúncio 
de que a Kabum! havia sido vendida a Magalu.  A venda foi realizada com o pagamento à vista 
de um bilhão de reais e o restante por meio de   transferência de ações ordinárias da Magazine 
Luiza, que na época totalizavam a compra em   3,5 bilhões de reais, o que significava a maior 
aquisição da Magazine Luiza ao mesmo tempo que   suas ações estavam em alta e batendo recordes
De acordo com o anúncio, a aquisição traria   para ambas empresas uma maior variedade de 
produtos. Além disso, os clientes da KaBum!   seriam beneficiados com ofertas no App Magalu, 
com o pagamento facilitado e com entrega   mais rápida e segura, feita diretamente 
pelos centros de distribuição da Magalu.  Apenas um ano de aquisição as coisas não estavam 
exatamente assim. Clientes começaram a reclamar   dos produtos desconexos que passaram a vender 
no site, antes voltado a produtos eletrônicos e   games. Agora era possível ver venda de cadeiras, 
piscina de plástico e outros produtos que antes   jamais entrariam no catálogo que diferenciava 
a KaBum! de qualquer outro e-commerce.  E a tal logística melhorada? Não aconteceu. 
Na realidade, essa passou a ser uma das   principais reclamações dos clientes. Além 
de reclamações como a lentidão da plataforma   e a dificuldade de encontrar produtos.
Segundo o site de reclamações, Reclame Aqui,   a KaBum! teve uma queda significativa no 
índice de reputação nos últimos 12 meses,   passando de empresa certificada com o Selo 
RA1000 de excelência, para Ótimo no ano passado   e agora Bom, com média de 7,9 pontos de 10.
A venda para a Magazine Luiza foi seguida   por polêmicas, entre elas a sugestão de que 
seus fundadores queriam desistir da compra.  Thiago e Leandro chegaram a ir à justiça 
supostamente arrependidos pela negociação. E   acusaram o Itaú BBA de prejudicá-los com a venda 
para a Magazine Luiza. O Itaú BBA foi a empresa   contratada responsável pelas negociações com todos 
os interessados e aconselhá-los no melhor negócio.  A grande questão é que cerca de 70% da venda foi 
ligada às ações da Magazine Luiza que na época   da venda estava em cerca de R$23,90, com cerca de 
75 milhões de ações ordinárias e mais 50 milhões   prevista para o ano de 2024, essas ações custavam 
ao todo cerca de R$2,5 bilhões reais… Em 2021.  Por que as ações da Magalu caíram drasticamente 
depois disso, chegando a R$ 3,50 em Abril de 2023,   mais de 85% de decréscimo, fazendo 
o que antes era uma conta de bilhões   se transformar em alguns milhões.
A Magazine Luiza chegou a justificar   ao Tecnoblog que os irmãos Thiago e Leandro Ramos 
não queriam anular a venda, mas sim processar o   Itaú BBA por se acharem prejudicados.
Segundo Ana Luiza, do Olhar Digital,   os irmãos alegam que o Itaú BBA favoreceu 
a aquisição feita pela Magazine Luiza,   não revelando aos antigos donos todas as 
propostas que haviam recebido, fato esses que   eles descobriram quando Luciano Hang os contatou.
A defesa do Itaú BBA diz que: além de alegações   genéricas sobre o processo, o pedido 
das informações privadas dos envolvidos   é quebra de privacidade.”
Em entrevista para o UOL,   o advogado dos irmãos comenta: “O Itaú, seja por 
condutas omissivas, seja por condutas comissivas,   manobrou para que propostas ou negociações 
com outros interessados fossem sabotadas,   minadas ou abandonadas de modo que os autores 
fechassem negócio com o Magazine Luiza”.  No entanto, em fevereiro de 2023, a Magazine 
Luiza anunciou a suspensão de Thiago e Leandro   de suas funções e, ao final de abril do 
mesmo ano, a demissão por JUSTA causa de   Thiago e Leandro do cargo de presidentes 
da KaBum!, empresa essa que eles criaram.  Como no artigo publicado pela startse.com, 
vemos que o motivo apontado havia sido a   quebra de contrato dos irmãos que supostamente 
estavam trabalhando em uma empresa concorrente,   enquanto eles negavam veemente esta 
acusação e diziam que a demissão   vinha como retaliação da Magazine Luiza por 
conta do processo aberto contra a Itaú BBA.  Após a demissão, os irmãos decidiram abrir outra 
ação, agora trabalhista contra a Magazine Luiza   pela demissão com justa causa, alegando que 
dessa vez eles são os genéricos, fazendo com   que não possam nem se defender. Os advogados dos 
irmãos calculam que os valores poderiam chegar a   R$4,8 milhões por ano para cada um dos irmãos.
Enquanto o processo aberto pelos irmãos contra   o Itau BBA segue em segredo de justiça, o 
único fato comprovado é que, por enquanto,   o maior e-commerce de informática do país passou 
a ser mais um marketplace da Magazine Luiza. Que   os criadores desse site, aqueles interessados 
em resolver a dor do usuário não tem mais   poder. E eu pergunto, nesse cenário, 
quem cuida dos interesses do cliente? Se teve uma coisa que a pandemia mostrou ao 
varejo brasileiro foi a necessidade da atualização   digital. Nesse período se notou um crescimento de 
208% de empresas que migraram para a venda online.  Não foi diferente com grandes empresas que 
passaram a diminuir os esforços para abrir novas   lojas físicas e redirecionar os investimentos para 
o mercado online. Ao anunciar a compra de 100% da   Kabum! o CEO da Magazine Luiza, Frederico Trajano, 
defendeu a compra da seguinte forma: “Com a compra   da KaBuM!, nos consolidamos como um dos líderes 
do e-commerce formal brasileiro e reforçamos   nossa atuação em um dos mercados que mais crescem 
no mundo – o de produtos para geeks e gamers”.  Trajano ainda defendeu a compra justificando 
que um mercado tão específico poderia perder   espaço a qualquer momento para uma grande 
varejista que oferecesse o mesmo tipo de   produtos, e que a melhor hora da KaBum! ser 
vendida era enquanto estava em seu auge.  Essa afirmação serve perfeitamente para 
exemplificar a nova movimentação do varejo   no Brasil e a corrida dos marketplaces no país.
Em 2023, se alguém quiser comprar um uma TV,   provavelmente essa pessoa primeiro vai acessar os 
sites Magazine Luiza, Casas Bahia, Mercado Livre   e comparar os preços. Se ela optar pela TV que 
está mais barata no marketplace da Magazine Luiza,   isso não vai significar necessariamente que 
ela comprou a TV dela pela Magazine Luiza..  Magazine Luiza, MercadoLivre são apenas 
alguns exemplos dos grandes Marketplaces,   que reúnem em seu site não apenas seus próprios 
produtos, mas também oferecem e vendem produtos   de diferentes vendedores e lojas. É como se 
marketplaces como Magazine Luiza funcionassem   atualmente como grandes shoppings digitais, 
dentro desses shoppings os E-commerces   funcionam como as lojas especializadas.
No seu carrinho da Magalu você pode   comprar uma TV, uma barra de chocolate e uma 
vassoura, por exemplo, em apenas uma compra,   em um mesmo site. E enquanto isso a TV 
vem de São Paulo, a barra de chocolate   pode vir da lojinha do centro da sua cidade e 
a vassoura de uma cidade a quilômetros da sua.  Isso faz com que a Magazine alcance todo o 
território nacional e todo tipo de consumidor.  Porém esse movimento faz com que 
sites especializados como o KaBum!   percam espaço e assim se tornou comum ver esses 
e-commerces de sucesso comprados por marketplaces.  Segundo a revista Exame, antes de 
adquirir a Kabum! A Magazine Luiza   já havia adquirido vinte e uma empresas.
O que o CEO da Magalu justifica e o que   preocupa certos consumidores é que pode 
chegar em um momento que não importa se sua   compra é em um site ou em outro, no final 
você estará comprando do mesmo varejista.  Pois agora, o cliente entrará na KaBum! e 
achará que está comprando um produto da loja,   mas na verdade está comprando um produto oferecido 
pela Magalu e vendido por um pequeno varejista que   ele nunca ouviu e nem ouvirá falar.
E é isso que uma gigante como a   Magazine Luiza ganha com a aquisição de 
e-commerce, como a KaBum!: seus clientes.  Quase não interessa a cartela de produtos da 
KaBum!, mas sim a fidelidade dos clientes.  Segundo o artigo de Alberto Serrentino, essa 
movimentação atual, denominada como a terceira   onda de fusões e aquisições do varejo brasileiro, 
é caracterizada principalmente pela transformação   digital do varejo, levando à queda de 
abertura de lojas físicas e a aquisição   de varejistas com atuação online.
Por mais que a Magazine Luiza e esses   outros marketplaces tenham seus próprios pontos de 
venda, e seus próprios estoques, é na vitrine e na   possibilidade de oferecer seus produtos a uma nova 
cartela de clientes de forma online que atrai.  Assim, grandes marketplaces vão adquirindo 
pequenos, médios e grandes e-commerces que   apresentarão seus produtos aos consumidores.
Não à toa que a Magalu vem aplicando uma   estratégia chamada seller hiperlocal, que tem 
como objetivo recrutar pessoalmente lojas físicas   espalhadas pelo Brasil para fazerem parte do 
marketplace do Magazine Luiza, eles recebem taxas   especiais de comissão e a vantagem de digitalizar 
seu comércio o viabilizando para o Brasil inteiro.  E por mais que isso seja extremamente benéfico 
para pequenos comércios, o cliente perde o   ponto de origem da compra. Fazendo surgir 
dúvidas no decorrer do processo de compra,   quanto às garantias e responsabilidades do 
vendedor, da plataforma e do distribuidor.  Uma burocracia, que na maioria do tempo, prolonga 
a solução de problemas com a compra, e gera uma   armadilha ao consumidor. Afinal, não importa se 
você compra na KaBum! ou na Magazine Luiza, a   Magalu ganhará nessa compra de qualquer jeito. Ou 
então não importa se você compra no Submarino ou   no Shoptime, as Americanas ganhará com a compra.
Para se ter noção, de acordo com o site InfoMoney,   20% do total de vendas da Magalu vem do 
marketplace de lojas parceiras, já chegam   ao número de 100 mil vendedores parceiros.
O especialista em varejo Alexandre Machado   acredita que no futuro as marketplaces dominarão 
o mercado: “ O que pode acontecer no futuro é   termos um setor como o de telefonia: três 
ou quatro grandes operadoras que atendem   tudo o que o consumidor precisa.” explica.
Isso significaria o fim de sites especializados   como o da KaBum! costumava ser, pela dominação dos 
marketplaces. O cliente não terá mais um site para   comprar computadores e outro para comprar roupas, 
a escolha agora estará no lugar quem oferece a   melhor entrega, o melhor bônus, ou o melhor preço.
A aquisição de e-commerce especializados   por grandes marketplaces é uma prática do 
mercado atual e parece estar longe de acabar,   mesmo com todos os escândalos jurídicos atrelados 
a essas aquisições. A nós usuários resta apenas   seguir pesquisando pelo melhor produto e 
repensar o quanto vale nossa fidelidade   a esses canais de venda, se no fim, nós 
clientes, somos os maiores prejudicados. Me diz ai, o que você achou desse rolo 
entre a Magazine Luiza e a Kabum!?  Ou até dos grandes marketplaces 
comprando todos os sites especializados?  Comenta aqui abaixo e da uma 
olhada no que o pessoal ta falando.  Se você quer descobrir o que eu chamo de Algoritmo 
Humano e como você pode usar ele pra levar um   canal no youtube de 0 a 100 mil inscritos, confere 
uma aula grátis no primeiro link da descrição,   ou apontando a câmera do seu celular pro QR code 
que tá na tela antes que essa aula saia do ar. Agora pra descobrir como a indústria 
alimentícia pode estar te enganando   com produtos que parecem ser uma 
coisa, mas são completamente outra,   confere esse vídeo que tá aqui na tela. Aperta 
nele que eu te vejo lá em alguns segundos. Por esse vídeo é isso, um 
grande abraço e até mais.


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